Diretora do Goethe-Institut Salvador-Bahia completa três anos no cargo

Retomada do programa de residências artísticas e parcerias internacionais marcam a gestão de Friederike Möschel na capital baiana

Desde que assumiu a direção do Goethe-Institut Salvador-Bahia, localizado no Corredor da Vitória, há três anos, Friederike Möschel, natural de Munique, na Alemanha, tem trabalhado para fortalecer as conexões culturais entre a vibrante cena artística baiana e o cenário internacional. Sua trajetória de mais de duas décadas em instituições culturais globais, combinada à experiência em diversos países, trouxe um olhar amplo para o papel do Goethe-Institut na cidade.

Durante sua gestão, o Goethe-Institut tem fortalecido suas relações tanto com jovens talentos quanto com grandes instituições culturais da Bahia. Möschel se orgulha da história do instituto, que há 62 anos participa ativamente da vida cultural local. “Nossa casa está aberta a todes, promovendo diálogo, troca de experiências e novos desenvolvimentos artísticos”, afirma.

Um dos desafios enfrentados pela diretora ao chegar em Salvador foi a retomada das atividades do programa de residência artística internacional Vila Sul, interrompido pelo impacto da pandemia de COVID-19. No entanto, desde 2022, o programa retornou plenamente às suas atividades. A Vila Sul acolheu nos últimos sete anos 126 artistas, pesquisadores e escritores proeminentes e oriundos de diferentes partes do mundo – Europa, África, Ásia e América – conectando-os com a cena local e promovendo colaborações com ONGs, universidades e instituições culturais da cidade.

Entre os projetos recentes do Goethe-Institut Salvador-Bahia, Möschel destaca a exposição “Reverberações”, realizada em parceria com o Museu Nacional de Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB) e o Consulado Geral da Alemanha em Recife. A mostra do artista nigeriano Mudi Yahaya atraiu quase seis mil visitantes em três meses.

Para Friederike, Salvador é uma cidade com uma dinâmica cultural única, onde o ritmo intenso da produção artística se mistura com o estilo de vida descontraído. “Esta cidade tem tanto a oferecer, e a comunidade cultural internacional precisa conhecer muito mais sobre ela”, afirma.

Nos momentos de lazer em Salvador, além de prestigiar os eventos do Goethe-Institut, Friederike gosta de assistir aos concertos da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) e acompanhar a cena das artes cênicas, que, segundo ela, está passando por uma transformação significativa na capital baiana.

Sobre o Goethe-Institut:

O Goethe-Institut é um instituto cultural da República Federal da Alemanha, fundado em 1951, que se dedica a fomentar o diálogo entre culturas e é a maior instituição de ensino de alemão no mundo. Com uma rede de 151 unidades em 98 países de todos os continentes, o Goethe-Institut Salvador-Bahia, criado em 1962, promove a aprendizagem da língua alemã, divulga uma imagem abrangente da Alemanha e realiza colaborações locais, nacionais e internacionais na área da cultura, com numerosos parceiros públicos e privados.

Foto: Olga Leiria/Ag. A Tarde